Ministério Público investiga médicos que batem ponto e não trabalham em Juiz de
Fora
Promotor acredita que 100 profissionais da cidade não cumprem jornada e recebem salário
Mais de 100 médicos suspeitos de não cumprir a jornada de trabalho prevista em contrato são investigados pelo Ministério Público em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
Ao todo, o município tem em torno de 1.500 profissionais da área de saúde cadastrados no SUS (Sistema Único de Saúde).
Na lista dos servidores investigados também estão dentistas, fisioterapeutas e psicólogos que atuam na cidade e em pelo menos 20 municípios vizinhos.
Segundo dados colhidos durante as investigações, a justificativa mais comum entre os investigados para não cumprir o expediente é o acúmulo de função, já que alguns médicos trabalham em até cinco lugares diferentes.
O delegado do CRM (Conselho Regional de Medicina), José Nalon de Queiroz, desconversa e diz que a falta de plano de carreira e os salários defasados desestimulam os trabalhadores da área de saúde.
— A promotoria de Justiça da saúde deveria estar preocupada também com as condições de trabalho nas unidades básicas de saúde, nos postos de atendimento espacializados.
— A promotoria de Justiça da saúde deveria estar preocupada também com as condições de trabalho nas unidades básicas de saúde, nos postos de atendimento espacializados.
Os médicos que respondem ao processo podem ser obrigados a devolver aos cofres públicos até R$ 120 mil.
Essa não é a primeira vez que esse tipo de investigação é feita em Juiz de Fora. Em 2010, um esquema de fraude de marcação de ponto foi descoberto e denunciado em relação a um hospital estadual. Funcionários dessa unidade saúde faltaram ao trabalho por uma semana e, mesmo assim, alguém conseguiu registrar o ponto.
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